MA #5 – P&R – Seu cérebro é defeituoso?

Nesta primeira animação da série de Perguntas e Respostas (P&R), vamos discutir uma pergunta muito interessante enviada por uma leitora preocupada…

Sem tempo de assistir? Leia a transcrição!

Olá tudo bem!

Aqui é Ana.

Hoje eu vou começar uma nova série de vídeo aqui no Mais Aprendizagem.

Esta nova série eu vou chamar de Perguntas e Respostas. É uma série de vídeos curtos onde eu vou discutir perguntas que as pessoas me mandam.

Como eu não fiz um chamado para as pessoas me perguntarem coisas mais especificamente, resolvi pegar uma série de perguntas que estavam lá nos comentários do blog antigo ainda do vídeo-aulas porque este Mais Aprendizagem está começando agora.

Desta forma, a gente vai usar estas primeiras perguntas para fomentar a vocês a trazerem mais perguntas.

Vou começar está série com uma pergunta que achei sensacional e que eu gostaria muito de elaborar sobre este assunto.

A pergunta é a seguinte: Como fazer para não ser escrava dos “defeitos” do cérebro?

A resposta você vai ver depois da vinheta.

Então como fazer para a gente não ser escrava dos defeitos do nosso cérebro. O que eu achei incrível nesta pergunta é que a pessoa já pressupõe que o cérebro é uma coisa defeituosa.

Na verdade o cérebro humano de uma pessoa normal é o que é, é o cérebro dele. É assim que ele funciona. Muitas vezes a gente se esbarra nas limitações da nossa própria natureza e fica frustrado e acha que o defeito está na natureza.

Eu entendo muito bem está frustração. Eu sou aquela pessoa que tenta trabalhar mais do que meu corpo aguenta, tenta ler mais do que meus olhos aguentam.

Eu adoraria poder comer tudo e qualquer tipo de coisa gostosa sem engordar. Na verdade a minha natureza não é essa.

Eu tento sempre me envolver em mais coisas que eu posso dar conta porque eu sou muito curiosa e acho tudo interessante.

Então é esta frustração de tentar fazer alguma coisa e se sentir meio sabotado pela natureza do cérebro e do corpo. Mais se você é uma pessoa que não tem um problema físico-neurológico, você não tem um defeito no cérebro.

Você tem um cérebro normal com grandes virtudes e algumas limitações. Então como a gente lida com isto para não ficar tão frustrado?

A primeira coisa é conhecer. Um dos trabalhos que faz mais sucesso aqui no blog é uma série de vídeos que eu fiz sobre o funcionamento do cérebro, sempre dando um ponto de vista de como isto se reflete na aprendizagem.

Este conhecimento não é só um conhecimento geral para você sair por aí dizendo que sabe como o cérebro funciona. Este é um conhecimento importante justamente para você entender estas limitações que a gente tem mesmo.

A ideia é conhecer esta limitação relacionada com a natureza do cérebro e então trabalhar a favor do cérebro, contornando algumas limitações.

Eu vou dar um exemplo: eu adoraria ter a capacidade de sentar e estudar durante seis horas por dia e absorver aquilo tudo sem o menor problema.

No entanto, o meu cérebro não é assim. Os experimentos mostram que você precisa de intervalos, porque existe um processo químico que está acontecendo na hora que você está memorizando alguma coisa.

Aprender mais com o cérebro que eu tenho, eu tenho que dar intervalos de tempos em tempos. Um intervalo que seja razoável para mim.

As pesquisas ainda não conseguiram definir um intervalo ideal, Isto varia de pessoa para pessoa. O fato é que não adianta você tentar ler durante três horas ou estudar durante três horas e achar que vai lembrar tudo que estudou.

Não é assim que o cérebro funciona, não é assim que ele é feito. É porque a natureza assim o fez. Então vamos acabar com essa ideia de dizer que o nosso cérebro é defeituoso.

O nosso cérebro é uma máquina maravilhosa e o mais importante é a gente conhecer o funcionamento dele e trabalhar a favor deste funcionamento para que a gente consiga otimizá-lo.

Então é isto gente! É isto que acho! Agora, gostaria muito de ver seus comentários lá no blog.

Você tem alguma outra dica para contornar as limitações do cérebro? O que você faz para otimizar o funcionamento do seu cérebro?

Espero que vocês coloquem lá no blog, principalmente no blog porque eu vejo mais os comentários do blog do que do You tube.

O endereço do blog está embaixo desse vídeo.

Eu vou ficando por aqui é até a próxima sessão de perguntas e respostas do Mais Aprendizagem.

15 Comentários


  1. Não sei mas, a sensação é de que encontrei uma mina de ouro. Excelente trabalho.

    Responder

  2. Excelente, muitas vezes nos falta uma referência de funcionamento do cérebro e da mente para que possamos avaliar se estamos em situação favorável o não no que se refere à aprendizagem.

    Certa vez, eu e um amigo discutíamos a importância de se conhecer Política (o sistema brasileiro) na Escola, e chegamos a um consenso de porque eles (políticos) não permitem que ensinem… Bem, isso é outra história. O que eu quero salientar agora é que eu revejo meu ponto de vista e coloco os conceitos apresentados no “Mais aprendizagem” em primeiro lugar se comparado com a proposta da política na grade curricular. Fazendo uma analogia simples, hoje passam a vida inteira ensinando uma pessoa operar os programas de um microcomputador instalando novos e apagando antigos etc… sem essa pessoa fazer a menor ideia do que tem dentro do gabinete (memória RAN, HD, Processador etc…) suas limitações, modo de funcionamento, como melhorar e manter o desempenho dessas partes, para que servem etc.

    Responder

  3. Ana
    Obrigado pelos videos maravilhosos elaborados por vc com muito carinho e propriedade. Obrigado por me permitir interagir e me integrar com os outros participantes através das dicas e cometários.
    Tenho uma pergunta a fazer.
    Para fins de aprendizagem e memorização, os mapas mentais são melhores feitos a mão ou realizados através de programas de computador?

    Saudações
    Rildo

    Responder

    1. Já era comprovado que a escrita mão melhorar aprendizagem isso vale também para os mapas mentais, Rildo!

      Responder

    1. é muito bom, Augusto, mas eu gosto mesmo é do iMindMap, porque os mapas ficam mais fluidos, como se tivessem sido feitos a mão… 😉

      Responder

  4. Oi ana, quais técnicas vc sugere para combater o esquecimento? Obrigada! parabéns pelo vídeo!

    Responder

    1. A repetição espaçada é uma técnica bem tradicional e eficiente, Gerliane. Se combinada com técnicas específicas de memorização, como encadeamento e palácio da memória, a curva do esquecimento sofre um “forte abalo”.. rsss… 😉

      Responder

  5. oi ana,parabens pelo novo site!

    Como eu tenho muitas materias para estudar eu fiquei um pouco perdido nesse processo de estudo e memorização.
    Tenho cerca de 15.000 paginas de livro para estudar e percebi que nao adianta ler 100 pgs num dia e nao lembrar de quase nada no final do dia

    Passei a fazer um esquema de perguntas e respostas reduzindo para 50 pgs por dia – melhorou muito porque ha um estimulo grande para forçar a memoria a lembrar e tal,mas depois de um tempo eu comecei a mes esquecer das respostas e quando fui fazer revisao no livro eu perdia muito tempo

    Hoje estou pensando em primeiro fazer um resumo num dia – e esse resumo eu esto fazendo a cada paragrafo que leio – assim eu fico mais concentrado,faço uma reflexao a cada paragrafo e nao perco a memoria de trabalho . Com o resumo eu faço a revisao mais rapido e depois faço as perguntas e respostas em cima do resumo

    Depois de finalizar todas essas 15.000 paginas de livros vou ter um material resumido em cerca de 20% disso e com perguntas e respostas prontas para treinar.
    Com isso eu acredito que possa apreender melhor esse conteudo e memorizar e fazer revisoes com mais rapidez

    Fico me imaginando fazendo revisao 3 meses antes da prova de 15.000 pgs!!! impossivel

    Voce acha que a minha tatica pelo menos aparenta ser boa?
    O que vc faria para aprender todo esse conteudo,me sugere outra tecnica de estudo
    abraço

    Responder

    1. João, em casos como o seu, de muita informação para armazenar, eu recomendo o uso de mapas mentais para fazer anotações resumidas e mais fáceis de lembrar. Também é bom conhecer algumas técnicas de memorização que não sejam na pura força bruta! O esquecimento é natural, mas tem formas de combatê-lo. Em breve vai sair aqui uma série sobre a questão da memorização, aguarde só um pouquinho, tá?

      Responder

  6. Ana, ótima abordagem. Percebo que em geral as pessoas tem muito pouca percepção e consciência de si mesmas. Exemplo disso é aquelas pessoas que reclamam de insonia, quando na verdade têm maus hábitos de sono. A minha dica, se é que tem algo de inovador, é tentar entender como é que eu absorvo ou compreendo o meu objeto de estudo e o que dá melhor resultado é trabalhar em blocos e a cada intervalo, tentar explicar para mim mesma o conteúdo ou texto. Outro detalhe importante para mim é a caneta. Ela é quase uma extensão do meu cérebro. Eu não preciso transcrever todo o conteúdo, mas anotar palavras ou expressões chaves me ajudam muito no processo de memorização.

    Ótimo vídeo,obrigada pela partilha.

    Responder

    1. Oi, Magda,
      sua dica está certíssima. Uma das formas de se tornar um melhor aprendiz é o autoconhecimento: perceber como e em que condições a gente aprende melhor e usar isso a nosso favor. E anotações são fundamentais para a maioria das pessoas, inclusive para mim. A diferença é que quase sempre eu uso mapas mentais para fazê-las. 😉
      Abraço,
      Ana

      Responder

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *