Você NÃO tem um problema de memória! E o problema REAL é simples de resolver…

Chaves diversas

Você sempre esquece onde deixou as chaves? Ou então não consegue gravar o nome das pessoas que acabaram de ser apresentadas a você? Quem sabe você perde sempre o horário de tomar o antibiótico? Finalmente, você acredita que tudo isso acontece porque você tem algum problema de memória?

Até o final deste artigo, eu prometo que você vai saber exatamente como abolir essas chateações da sua vida para sempre…

Estes são apenas alguns dos exemplos comumente usados pelas pessoas para “comprovar” que elas têm uma  “memória fraca”

No entanto, para princípio de conversa, precisamos deixar bem claro:

Não existe “memória fraca”!

Claro que isso não se aplica se você tiver uma condição médica grave. Porém, se você é uma pessoa saudável, tenha certeza de que a sua memória não é fraca!

Enfim, falar mais disso mais para o final do texto, onde eu também vou contar quais são os dois pilares básicos para se ter uma boa memória.

Aliás, aqui vai tudinho que você vai encontrar neste artigo:


Por enquanto, vamos ficar com o problema com que iniciamos o artigo…

“Problema de memória” com chaves, nomes e remédios…

Apesar de situações como as que citamos no início do artigo se parecerem de fato com problemas de memória, a origem do questão é bem diferente do que parece…

Antes de falarmos desta “misteriosa” origem, vamos analisar um pouco mais a fundo e ver o que as três situações têm em comum…

Como você “esquece” as chaves

O que acontece no momento em que você guardou as chaves? Provavelmente você estava tentando decidir o que fazer para o jantar. Ou correndo para tomar banho a tempo de ver aquele episódio da sua série favorita que vai passar na TV. Ou quem sabe tentando adivinhar se você vai aguentar até chegar no banheiro… 🤣🤣🤣

Ou seja, você não está dando a menor bola para as chaves quando as “larga” em algum lugar.

Nomes “esquecidos”, sufoco à vista!

Quando apresentam alguém novo para você, você está ocupado fazendo uma análise inicial da pessoa e pensando no que você deve falar para ela quando as apresentações terminarem.

Tudo isso acontece muito rápido e o nome acaba ficando em segundo plano no meio daquele mar de informações novas.

Resultado:no minuto seguinte, você não lembra mais do nome da criatura…

E quando chega a hora do remédio?

Antibiótico não é brincadeira

Esta é a situação mais perigosa de todas, e também o “esquecimento” mais fácil de acontecer.

Isto porque na hora de tomar o remédio você pode estar envolvido literalmente em qualquer atividade:

  • assistindo um filme que está bem no auge da ação
  • passando o feed infinito do Instagram que você está rolando há horas no modo automático
  • digerindo a raiva que você está daquele seu amigo que está de férias em Fernando de Noronha enquanto você está estudando 12 horas por dia para tentar terminar de escrever a bendita monografia sem reprovar em nenhuma matéria.
  • tomando banho
  • bem… você entendeu… esta lista é virtualmente infinita… 😫

Hum… eu acho que vi um padrão… 🤔

Será que você já começou a “sacar” o que está acontecendo aqui?

Em nenhuma das três situações você estava prestando atenção na informação que você supostamente queria se lembrar.

Ou seja:

Sua memória não é o problema, mas sua ATENÇÃO é que estava dividida com outra coisa aparentemente mais interessante. Pelo menos para o seu cérebro rebelde…

Sem atenção, você não tem a menor chance de sequer começar a formação da memória daquele evento…

Em termos técnicos, a etapa de codificação da memória não acontece…

É como se você não escrevesse aquele item na sua “lista de compras”. Aquele item não vai aparecer lá só porque você pensou nele…

E como diz Joshua Foer no livro “A arte e a ciência de memorizar tudo”:

Nossas vidas são as somas das nossas memórias.

O quanto estamos dispostos a perder das nossas já curtas vidas por… falta de atenção?

Agora que já identificamos a origem correta do seu suposto “problema de memória” – que inclusive, é mais do que natural – é hora de encontrarmos soluções para cada uma das situações ilustradas.

Vamos liberar a memória para o que realmente interessa?

Nunca mais perca suas chaves…

“Largar” as chaves pensando em outra coisa é um hábito praticamente impossível de mudar. Além disso, mudanças de hábitos exigem um esforço bem grande e que precisa ser repetido por um bom tempo.

Então, se você quer investir sua energia em mudar um hábito, melhor escolher um hábito que vá trazer mais retorno para você. Alguma coisa que realmente possa provocar uma mudança significativa na sua vida.

Aliás, precisa de sugestões de bons hábitos para cultivar? Aqui vão elas!

  • ler todos os dias
  • fazer atividades físicas (que são fundamentais para o cérebro e para evitar problemas de memória reais)
  • limitar o tempo nas redes sociais.

Para evitar um gasto excessivo de energia em algo tão banal quanto a localização das suas chaves, você pode ao invés disso fazer um pequeno “ajuste” do hábito de largar as chaves assim que chega em casa.

🗑 Você vai poder continuar a chegar em casa e “largar” as chaves, desde que faça isso sempre no mesmo lugar.

O segredo para isso funcionar e você se livrar deste falso “problema de memória” é que este local seja de fácil acesso e bem visível.

Aqui em casa nós temos uma bomboniere bem perto da porta de entrada justamente com esta finalidade. Aliás, ela não serve só para chaves: qualquer pequeno objeto do qual a gente precise se livrar sem pensar muito, vai para a bomboniere.

Você não imagina como isso facilita a vida…

Perdeu alguma coisa? Procura na bomboniere. Em 99% das vezes, ela está lá!

Lembre-se de cada nome, sobrenome e algo mais…

O caso dos nomes das pessoas a solução é um pouco mais elaborada. No entanto, é uma solução em que o esforço empregado vale a pena.

Afinal, esquecer o nome de alguém pode causar situações bem constrangedoras.

Por outro lado…

Lembrar do nome de alguém quando ela não espera que você consiga fazer isso pode abrir portas importantes em todas as áreas da sua vida

Aqui você vai precisar treinar um pouco…

No entanto, o treino é bem simples: todas as vezes que for apresentado para alguém, siga estes dois passos:

PASSO 1:

Faça uma associação mental com alguma coisa conhecida.

Alguns exemplos podem ajudar:

  • outra pessoa que você conheça que tenha o mesmo nome
  • um objeto cujo nome tenha o som parecido com o nome da pessoa
  • alguma coisa diferente na aparência da pessoa que possa ser associada ao nome dela.

DICA: as associações mais bizarras são as que funcionam melhor. Por exemplo, imagine esta nova pessoa em um abraço exageradamente apertado com a outra que você já conhece. Ou então, com o objeto escolhido enfiado no ouvido.

⭐PASSO 2:

Na hora de trocar de cumprimentos e ter aquela conversa inicial, encontre oportunidades para repetir o nome da pessoa duas ou três vezes.

Por exemplo:

Olá, Joana, que prazer conhecer você! De onde mesmo que você conheceu o Andrezinho, Joana? A gente podia sentar os três para tomar um café. O que você acha, Joana?”.

DICA: Se a pessoa tiver um nome que não seja muito comum, você pode perguntar a origem do nome. As pessoas adoram ter alguém interessado nas suas histórias!

E se você tiver associado o nome com alguém que você conhece, sempre tem espaço para dizer:

Ah, não vou esquecer seu nome, Joana, porque eu tenho uma prima muito querida que também se chama Joana”.

Depois de praticar com nomes, tente ampliar para os sobrenomes, quando isso for importante. 😉

Conforme você treina esses dois passos, você nunca mais vai esquecer o nome de alguém. E ainda vai melhorar sua vida social, profissional e talvez até a amorosa! 😍

Remédio na hora certa, sempre!

Neste caso, temos uma situação um pouco diferente: tomar um remédio é uma situação quase sempre temporária, então não é ideal para a criação de um hábito.

A não ser, claro, que você tenha uma doença crônica – como diabetes ou pressão alta – e tenha que tomá-lo para o resto da vida.

E mesmo assim, a solução para nunca perder a hora nem esquecer de tomar um dia ou outro é a mesma. E é extremamente simples e está literalmente nas suas mãos:

⏰Coloque um alarme com repetição infinita no seu celular!

Resumindo as três soluções, para que você possa aplicá-las em situações mais gerais:

  • elimine a necessidade de prestar atenção (chave)
  • faça um esforço deliberado para prestar atenção e criar associações (nomes)
  • faça algo ou alguém obrigar você a prestar atenção (remédios)

Agora vamos ter aquela conversa séria sobre memória…

A memória é um tesouro e a guardiã de todas as coisas. (Cícero)

Eu tinha prometido lá no início do artigo, falar com você sobre o infame conceito da “memória fraca”.

Então vamos lá…

Aqui estamos falando daquela memória que realmente importa:

Aquela memória que a gente fez o maior esforço para construir, lendo, estudando, assistindo aulas e mais aulas. Aquela mesma que depois de tudo isso, teima em desaparecer no meio de uma prova.

A verdade é que isso também não é um problema de “memória fraca”. A triste realidade é que maioria das pessoas tem mesmo é uma memória mal treinada

Seu cérebro também precisa “malhar”…

O uso abusivo da memória de curto prazo na escola é o principal causador do problema da memória mal treinada.

É como se a pessoa treinasse a vida inteira para correr os 100 metros rasos e de repente tivesse que correr uma maratona…

Enfim, se você quer “correr uma maratona”, ou seja, ter uma memória de longo prazo digna deste nome, então você vai ter que treinar a memorizar de um jeito diferente do que você usou ou usa na escola ou na Universidade.

No vídeo abaixo, você vai entender porque esta memória de “véspera de prova” é tão frágil.

Como combater o esquecimento com Ciência!

Por exemplo, aquela técnica da associação do nome de uma pessoa nova com alguém conhecido ou com algum objeto deveria e poderia perfeitamente ser ensinada no Ensino Fundamental!

E o mesmo vale para a técnica da repetição do nome.

A associação e a repetição intencionais são duas estratégias muito, muito, muito básicas de memorização. É praticamente um abuso infantil que elas não sejam ensinadas para as crianças… 🤕

Afinal de contas, essas técnicas respeitam o funcionamento natural do cérebro e da memória. Aliás, é por isso funcionam tão bem.

Indo um pouco além do básico com a sua memória…

Claro que existem técnicas muito mais sofisticadas. E são estas que permitem a memorização de grandes volumes de informação.

Por exemplo, o palácio da memória, o encadeamento e a repetição espaçada são só algumas das mais conhecidas.

No entanto, todas as técnicas de memorização, por mais sofisticadas que sejam, são baseadas nestes dois pilares:

  • associação
  • repetição

Só de criar o hábito de fazer usos simples das associações e das repetições, com certeza muitos estudantes já escapariam da maioria das aulas de recuperação e provas finais…

Então imagine o que é possível alcançar usando os métodos avançados de memorização?

Você pode ter uma ideia do uso deles nesta playlist que eu gravei:


Como estudar lei seca (ou qualquer outra coisa “difícil”)

Ou então, ao invés de só “imaginar” ou ficar com uma vaga ideia, conheça a Academia da Memória e acabe de vez com qualquer problema de memória que você realmente acha que tem!


Que outras situações de “esquecimento” você enfrenta no seu dia a dia?

Conte aí embaixo nos comentários! Quem sabe a gente consegue ajudar você com uma dica específica para o seu caso? 🧐

9 Comentários


  1. Não temho lembranças de nada do meu passado,como escola,infância,um único dia sequer com ex namoradas,exército,enfim…Sei que eu tive esse passado,mas não me lembro.Não me lembra de dias junto com minhas filhas na infância delas.Amigos chegam e comentam”lembra disso e aquilo na escola”…sem chance de eu me lembrar.Não me lembro de nenhuma professora que tive.Saio para o supermercado para comprar 3 itens e sempre me esqueço de todos,se eu não anotar.Não consigo focar em um pensamento sem me distrair.Tenho 40 anos e tenho muito medo do que o futuro me reserva.

    Responder

    1. Nossa, neste caso acho que é bem recomendável vc procurar um médico, possivelmente um neurologista. Se cuida!

      Responder

  2. Olá, boa noite. Sou Rosemary e eu não consigo guardar as coisas, estudo e não consigo memorizar…
    Me ajudem por favor.

    Responder

    1. Olá, Rosemary, bem vinda por aqui
      Dê uma olhadinha nesse artigo que disponibilizamos sobre os problemas de memória, lá tem também como resolver esse tipo de problema 🙂 Vai dar certo!

      Responder

  3. Olá, boa noite, me chamo Giovani.
    Aparentemente, tenho problemas com esquecimentos. Já sigo algumas de sua dicas, de como : colocar um certo objeto no mesmo lugar para pra não esquecer e sempre ter uma idéia de onde possa estar aquele objeto. Mas, o que acontece comigo é que, eu tenho uma dificuldade de gravar algo na minha memória, por mais que eu preste atenção ou leia e releia aquele mesmo artigo, aquele mesmo texto, depois de 5 a 15 minutos eu já não lembro mais de quase nada..
    Será falta de atenção ? ou, será falta de foco..? Peço que, por favor, me ajude a solucionar esse problema que me segue a anos..

    Responder

    1. Olá, Giovani, tudo bem?
      Primeiramente é interessante você procurar um auxílio médico para descartar por exemplo um déficit de atenção ou alguma outra coisa.
      Mas a falta de concentração e o estudo de maneira errada também atrapalham bastante o estudo. Você já conhece o nosso curso de técnicas de memorização? Dê uma olhadinha na proposta do curso nesse link: http://academiadamemoria.com.br/ é bastante indicado para você. Caso tenha alguma dúvida pode entrar em contato pelo whats ou pelo e-mail do suporte.

      Responder

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *